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Comenta Averróis

Filosofia no Islã Medieval

A metafísica

     Averróis acreditava que a metafísica seria puramente uma ciência das coisas imateriais, de Deus e dos outros motores das esferas celestes. Mas para ele, como nenhuma ciência poderia provar a existência de seu assunto, Deus seria o assunto da metafísica, no entanto, a sua existência só poderia ser provada na física, pois “[...] nenhum tipo de substância separada pode ser provada como existente, a não ser através do movimento, o qual pertence a física […].”
      Dessa forma, a investigação da existência de Deus se daria a partir de um procedimento aristotélico partindo “[…] das coisas sublunares, indo destas para os movimentos eternamente constantes das esferas celestes que as governam, e destes movimentos a seus motores, dos quais o primeiro de todos é Deus [...]”.
      Para provar a existência de Deus sem desistir de sustentar a eternidade do mundo, Averróis resgatou uma parte do argumento de Avicena para responder também as críticas de Algazel. Assim, em sua obra “Tahafut al tahafut”, Averróis comenta:

“[...] Entes contingentes devem ter causas que os precedem, e se estas forem novamente contingentes, segue-se que elas tem causas e que há um regresso infinito, e se há um regresso infinito não há causa, e o contingente existirá sem causa, o que é impossível. Logo, a série deve terminar em uma causa necessária, e essa causa necessária deve ser necessária graças a uma outra causa, ou sem uma causa; se o for graças a uma causa, essa causa deve ter uma causa, e assim ao infinito; e se tivermos aqui um regresso infinito, segue-se que o que foi assumido como tendo uma causa não tem causa, o que é impossível. Logo, a série deve terminar em uma causa necessária, a qual é necessária sem uma causa, isto é necessária por si mesma, e este deve ser o ente necessário. [...]”
      Com isso, Averróis propõe a ideia de um ente necessário incausado ou necessário em si mesmo. Ainda assim, para demonstrar esse argumento, devemos partir do que seja “verdadeiramente contingente”. Para ele, algo verdadeiramente contingente é algo que não existira sempre, no caso, as coisas sublunares.
      Resumidamente: se algo é verdadeiramente contingente, então esse algo é capaz de existir e de não existir. Se todas as coisas sublunares são contingentes, então em algum tempo elas não existiram. Se elas então existem agora, é por que elas passaram a existir através de uma outra coisa já existente. Assim nem todas as coisas são contingentes. Deve então existir algo que é necessário incausado que seja a causa necessária das outras coisas. E essa causa chama-se Deus.

Referência: MENN, Stephen P. Metafísica: Deus e ser. IN: A.S. MCGRADE (org.). Filosofia Medieval. Aparecida, São Paulo. Ideias e Letras, 2008. p.179-206.
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A cosmovisão

     Para Averróis o universo é fechado e esférico, formado por uma série de esferas concêntricas cujo centro é a Terra, em torno da qual giram as órbitas celestes. Ele sugeriu que haveria 45 motores: 38 das esferas das estrelas fixas e dos planetas e sete dos movimentos diurnos das esferas móveis.
     A partir dessa divisão, haveria então uma hierarquia no universo que conteria em seu topo um Primeiro Motor Imóvel que seria Deus. Este seria a causa da existência da inteligência motriz da esfera dos fixos.
     O céu seria um ser que não nasce e não morre formado de uma matéria própria superior a das coisas sublunares, sendo o intermediário entre estas coisas e o Primeiro Motor na comunicação do movimento.
     Para rejeitar a idéia de que Deus teria criado o universo a partir do nada, ele sugeriu que as órbitas celestes seriam movidas pela a atração que a Inteligência suprema exerce sobre elas. O movimento das órbitas celestes seria determinado pela sua causa final. Assim, Deus e o mundo teriam um começo eterno.

Referência: Ibn Rusd, o reformador. IN: ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002, p. 300-332.

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A criação

     Averróis realizou também críticas quanto a questão da emanação de Avicena e Alfarabi e a questão da criação de Algazel.
     Para ele, tanto filósofos quanto teólogos aceitam a ideia de que há três modos de ser: dois extremos e um intermediário. No primeiro extremo estaria a matéria, que é causada e foi precedida pelo tempo. No outro extremo está Deus que não é causado, precede o tempo e dá existência as coisas. O ser intermediário seria o mundo em seu conjunto. Os teólogos dizem que o mundo teria um passado finito. Os filósofos dizem esse passado seria infinito.
     Averróis discorda do argumento dos teólogos e de Algazel quanto a criação do mundo por Deus a partir do nada. Para ele, isso seria argumentar que a idade do mundo seria limitada no tempo e que uma tempo passado infinito seria impossível. Além disso, para ele há uma incompatibilidade com o próprio conceito de divindade, pois seria impossível a vontade divina ter tido que esperar para criar no tempo, como se estivesse condicionada por algo extrínseco.
     Averróis ainda afirma que na Lei do Alcorão não diz em nenhum momento que Deus teria existido com o puro nada. No Alcorão, no entanto, há várias passagens afirmando que a própria existência e o tempo perduram em relação aos dois extremos. Para ele, um tempo passado infinito é sim possível ao invés de um puro nada existindo antes do mundo. Basta admitir que o mundo não possa existir por si mesmo sem que Deus o sustente e o faça existir por toda a eternidade.

Referência: Ibn Rusd, o reformador. IN: ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002, p. 300-332.
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"Tahafut al-tahafut"

     Esta é considerada uma obra mestra de Averróis. Escrita por volta de 1180 d.C., nela são apresentadas as linhas principais de sua filosofia, como a refutação da condenação da filosofia por Algazel e duras críticas a Avicena e a Alfarabi por terem minimizados as grandes diferenças entre Aristóteles e Platão. Averróis percebeu que muito dos argumentos de Avicena e Alfarabi tinham interesses teológicos em questão, mas também, percebeu que restaurar o aristotelismo autêntico era excluir da filosofia o que nela melhor se harmonizava com a religião.
     Muitas de suas críticas se referiram mais propriamente a Avicena. Algumas delas foram, por exemplo: por este ter incluído a existência do Primeiro Motor na Metafísica e não na Física como queria Aristóteles; por ter causado confusão entre o um transcendental e o um numérico; por afirmar que do um só pode proceder o um, por considerar a existência como acidente da essência; por afirmar que os corpos celestes possuem faculdade imaginária; e por considerar a influência das formas separadas sobre as coisas engendradas.
     Já a Algazel, Averróis considerou que este assim como outros filósofos muçulmanos, se serviam muitas vezes de argumentos dialéticos, prováveis e retóricos e não demonstrativos. Ele comenta, por exemplo, de que  Algazel, ao acusar os peripatéticos de dizer que Deus não conhecia os particulares, não compreendeu que a maneira pela qual Deus conhece é diferente da maneira pela qual nós conhecemos. Assim, ele acredita que o verdadeiro discurso do filósofo só pode ser o demonstrativo como o escrito no livro dos antigos.

Referência: Ibn Rusd, o reformador. IN: ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002, p. 300-332.
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Averróis e o neoplatonismo

     Como sabemos, Averróis pretendia resgatar o pensamento autêntico de Aristóteles, e quando o pensamento deste parecia obscuro, Averróis algumas vezes estabelecia suas próprias doutrinas. Acredita-se que parte dessa originalidade de Averróis tenha de alguma forma a presença do neoplatonismo
     Delimitando os elementos neoplatônicos em relação à teoria de Aristóteles, pode-se ver um ou outro comentário ou tratamento integrando-se a chamada “Teologia aristotélica”. Não só o neoplatonismo, mas outras doutrinas também foram identificados por ele no aristotelismo. Mesmo assim, é possível ver que há um certo neoplatonismo em seus comentários, tendo em vista também o fato de que, como ele não conhecia a língua grega e nem a língua siríaca, seus comentários se basearam em traduções árabes que podem ser sido realizadas também pelo prisma dos comentadores neoplatônicos.
     Sua originalidade pode ser percebida muito bem no “Tahafut al-tahafut” (Incoerência da incoerência), onde, além de defender o pensamento aristotélico, critica os comentadores que o antecederam, tornando esta uma obra mestra em sua filosofia.

Referência: Ibn Rusd, o reformador. IN: ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002, p. 300-332.
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Averróis e Aristóteles

     Nas obras de Averróis, muitas vezes é possível encontrarmos passagens que mostra a alta consideração que ele possuía por Aristóteles. Averróis chega até mesmo a considerar a doutrina de Aristóteles como uma soberana verdade e como o limite da especulação humana.
     É a partir de tal admiração que Averróis desenvolve sua filosofia buscando restituir o que ele considerava o pensamento autêntico de Aristóteles, procurando compreender sua filosofia de modo rigoroso e sistemático.
     Mesmo assim, devido a filosofia de Aristóteles possuir muitos pontos obscuros que outros pensadores não conseguiram desvendar, Averróis no seu esforço de extrair a verdadeira opinião de Aristóteles, acabou algumas vezes estabelecendo doutrinas que eram suas.

Referência: Ibn Rusd, o reformador. IN: ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002, p. 300-332.
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O começo de sua falsafa

     Por meio de uma leitura parcial do seu “Fast al maqal” (Tratado decisivo entre Filosofia e Religião), é possível construir uma imagem de Averróis como defensor de um livre pensamento anti-religioso e como um precursor do Iluminismo.
     De fato, podemos encontrar uma contradição entre a ação de Averróis ao enaltecer a apreciação filosófica enquanto efetiva forma de atingir o conhecimento quando lemos a obra  “Tahafut al-falasifa” (A incoerência dos filósofos) de Algazel, como quando diz que “os hereges devem ser mortos”. Contudo, é preciso compreender que Averróis, além de médico e filósofo, era também um juiz, especialista na lei islâmica. Razão pela qual o tratado tem como propósito a análise do estudo da filosofia e da lógica para verificar se tais estudos são permitidos, proibidos ou exigidos.
     A despeito disso, Averróis acredita que esses estudos devem ser proibidos para os crentes comuns, mas, para uma elite de intelectuais, configura-se uma verdadeira obrigação. Ele promove, em “Tahafut al-tahafut” (A Incoerência da Incoerência), uma defesa bem popular da lógica e da filosofia que se dá aos moldes da lei islâmica.
     O argumento de Averróis em favor da lógica relaciona-se à utilidade dela como instrumento para a falsafa (filosofia), sendo esta definida por ele como Deus, o criador; o que faz da filosofia uma teodicéia, a busca pela prova da existência do criador como forma de melhor entender Deus.
     Averróis igualmente foi responsável pela aculturação da filosofia aos requerimentos do Islã, resultando em uma mudança na terminologia das palavras traduzidas para o inglês, a exemplo de phylosophy (filosofia). Mudança que da mesma maneira ocorreu pela comparação feita entre os aspectos da lei islâmica e a filosofia, provocando a substituição de “filosofia” (falsafa) por “sabedoria” (hikmat).
     Dessa forma, não é estranho afirmar que a contextualização das diversas discussões envolvendo filosofia e religião demanda uma mais apurada compreensão das posições de Averróis.


Referência: DRUART, Thérèse-Anne. Filosofia no Islã. IN: A.S. MCGRADE (org.). Filosofia Medieval. Aparecida, São Paulo. Ideias e Letras, 2008. p.125-150.
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Uma pequena aula sobre Averróis

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Imagens de Averróis

Averróis. Detalhe da pintura "A Escola de Atenas" de Rafael Sanzio.


Detalhe da pintura de Andrea de Bonaiuto "O Triunfo de São Tomás" com a imagem sentada em repouso e pensativa de Averróis, apoiado possivelmente em algum livro de Aristóteles.

Estátua de Averróis em Barcelona, Espanha

Famosa estátua de Averróis em Córdoba, Espanha.
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Suas obras

     Segundo alguns historiadores, Averróis produziu cerca de 92 títulos divididos em seis grandes grupos temáticos: filosofia, teologia, direito, astronomia, gramática e medicina. Só em filosofia foram 32 comentários e 29 títulos. Em teologia e direito foram nove obras, além de três sobre astronomia e duas sobre gramática. Em medicina foram oito comentários e nove títulos originais.
     Em filosofia, escreveu obras como “Tahafut al-tahafut” (A autodestruição da autodestruição ou Incoerência da incoerência) onde defendeu a filosofia dos ataques dos teólogos como Algazel e criticou Avicena e Alfarabi por terem se desviado do aristotelismo. Também escreveu “Fast al-maqal” (O tratado decisivo entre região e a filosofia) onde tenta demonstrar o acordo essencial entre filosofia e os escritos sagrados.
     Seus comentários são classificados em grandes, médios e pequenos. Nos comentários grandes, Averróis começa destacando um parágrafo do texto para em cima dele discutir os problemas filosóficos, históricos e doutrinais. Nos comentários médios, Averróis segue o mesmo modelo dos comentários grandes, só em tamanho reduzido. E nos comentários pequenos, Averróis realiza resumos parafrásicos dos textos de Aristóteles incluindo suas reflexões e opiniões de outros filósofos.
     Na coluna ao lado listamos algumas das importantes obras de Averróis.

Referência: Ibn Rusd, o reformador. IN: ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002, p. 300-332.
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Um pouco da vida de Averróis

     Abu Al-Walid Muhammad Ibn Ahmad Ibn Rusd, mais conhecido no mundo cristão como Averróis, nasceu na cidade de Córdoba, na atual Espanha, por volta de 1126 no calendário gregoriano (520 no calendário islâmico). Foi o mais ocidental dos filósofos árabes.
Averróis ou Ibn Rush descendeu de uma importante família de sábios e juristas eminentes, seguindo a mesma trajetória de seus antepassados, formando-se primeiramente em direito islâmico. Estudou ainda filosofia, medicina, astronomia, teologia, matemática e outras ciências de sua época.
     Em 1169 a.C, depois de conhecer o então emir Abu Yaqub Yusuf, mais conhecido como Yusuf I, seu amigo Ibn Tufail o incentiva a se aprofundar nos textos de Aristóteles para comentá-los e os tornar mais acessível aos homens. Com isso, aproximadamente entre 1169 a 1180, Averróis escreveu cerca de cinco comentários sobre obras de Aristóteles e mais uma paráfrase sobre a obra “Almagesto” de Ptolomeu.
     Em 1182, o emir Yusuf I o chama no Marrocos e o nomeia como seu médico no lugar de Ibn Tufail, e também como Qadi al-qudab (juiz dos juízes) de Córdoba. Com a morte do emir Yusuf I em 1184 e a ascensão ao trono de seu filho Al-Mansur, nada muda de imediato com Averróis que passa a ser amigo do novo emir, conquistando sua confiança e prestígio.
A partir de 1195, Averróis começa a sofrer fortes pressões, principalmente dos doutores da lei, levando-o a desgraça. Chegou a ser expulso com seu filho de uma mesquita em Córdoba, recebeu injúrias por parte dos teólogos, como também da população. Até mesmo Al-Mansur teve que lhe retirar a proteção antes confiada.
     Foi acusado de preconizar a filosofia antiga em detrimento da religião mulçumana. Seus adversários chegavam a procurar em seus escritos, passagens que pudessem indicar que ele se afastou do Alcorão. Foi perseguido também por sua atuação quanto juiz.
     Numa assembléia de juristas, reunida por Al-Mansur, Averróis foi condenado como extraviado do bom caminho da religião islâmica. Por ordem de Al-Mansur, seus livros e todos os outros livros de lógica e filosofia das livrarias e de particulares foram queimados. O ensino de filosofia e ciência foi proibido. Averróis e outros estudantes foram exilados em Lucena, uma cidade ao sul de Córdoba.
     Pouco tempo depois os notáveis de Sevilha pleitearam a favor de Averróis, que foi liberto do exílio e perdoado por Al-Mansur, que o readmitiu à suas atividades de médico e juiz. Averróis então seguiu para o Marrocos, mas acabou falecendo na cidade marroquina de Marrakesh em 1198 no calendário gregoriano (595 no calendário islâmico). Três meses depois seus restos mortais foram transferidos para o túmulo de sua família em Córdoba.

Referência: Ibn Rusd, o reformador. IN: ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002, p. 300-332.
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Começando as atividades...

Oi galera!
A partir de agora vocês passaram a ter um pouco mais de contato com a filosofia islâmica a partir da perspectiva de Ibn Rusd, mais conhecido como Averróis. Começa agora o “Comenta Averróis”, um blog organizado por Francisco Iran e Franklin Ferreira, estudantes de filosofia da UFPI, que tem como objetivo mostrar um pouco da vida e do pensamento desse importante filósofo islâmico muito conhecido como “O comentador” (daí o nome do blog) das obras de Aristóteles. 
Para sugestões e críticas mande um e-mail para averrois.filosofia@hotmail.com
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Quem é Averróis???

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Averróis ou Ibn Rusd (Abu Al-Walid Muhammad Ibn Ahmad Ibn Rusd) (1126-1198) é um dos mais importantes filósofos islâmicos medievais. Estudou além de filosofia, medicina, direito islâmico, astronomia, teologia, matemática e outras ciências. Ficou conhecido por seus comentários a cerca da filosofia aristotélica travando importantes debates com Avicena, Algazel e Alfarabi. Este blog é um trabalho acadêmico desenvolvido pelos alunos Francisco Iran e Franklin Ferreira do curso de Licenciatura em Filosofia da UFPI.
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Algumas obras

  • "Fast al-maqal" (O tratado decisivo entre a religião e a filosofia)
  • "Kulliyyat al-Tib" (Princípios gerais de medicina)
  • "Paráfrase à Metafísica"
  • "Tuhafut al-tuhafut" (Incoerência da incoerência)

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