Em suas obras é possível perceber a constante relação entre religião e filosofia. Averróis acreditava que as duas tenderiam a se completar e não a se opor, visto que ambas buscam conhecer a verdade e atuar conforme ela.
Na obra “Fast al-maqal” (Tratado decisivo sobre o acordo da religião e da filosofia), Averróis busca, a partir do ponto de vista religioso, explicar se o estudo da filosofia deveria ser permitido ou não pela lei religiosa. Ele entende que só é possível conhecer o Autor do universo pela busca do mais perfeito conhecimento das coisas do universo. Assim a lei religiosa convidaria o homem para a busca desse conhecimento e a filosofia seria a argumentação racional desse conhecimento.
Assim, a reflexão sobre o universo pela especulação racional seria realizada somente através da forma mais perfeita do silogismo racional que seria a demostração. Mas, seria preciso inicialmente conhecer as diversas formas de silogismos e suas condições. Para isso, Averróis considerou que seria indispensável a qualquer homem que se dispusesse a almejar o conhecimento, conhecer primeiro o que os antigos, sejam muçulmanos ou não, disseram, para de seus escritos tirar o que fosse possível ter como verdade.
Desta forma, Averróis considerou que o estudo dos livros dos antigos seriam fundamentais, pois a intenção em estudá-los seria a mesma que a Lei Divina almejaria. Para ele, o estudo da filosofia deveria ser obrigatório para a busca do conhecimento. Em face disso ele diz:
Por fim, Averróis ainda coloca três ordens de abordagens da lei divina conforme as três classes citadas. No topo estaria a filosofia (para a terceira classe), em seguida a teologia (para a segunda classe) e na base a religião e a fé (para a primeira classe). Essas três abordagens seriam na verdade graus de intelecção da verdade.
Referência: Ibn Rusd, o reformador. IN: ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002, p. 300-332.
Na obra “Fast al-maqal” (Tratado decisivo sobre o acordo da religião e da filosofia), Averróis busca, a partir do ponto de vista religioso, explicar se o estudo da filosofia deveria ser permitido ou não pela lei religiosa. Ele entende que só é possível conhecer o Autor do universo pela busca do mais perfeito conhecimento das coisas do universo. Assim a lei religiosa convidaria o homem para a busca desse conhecimento e a filosofia seria a argumentação racional desse conhecimento.
Assim, a reflexão sobre o universo pela especulação racional seria realizada somente através da forma mais perfeita do silogismo racional que seria a demostração. Mas, seria preciso inicialmente conhecer as diversas formas de silogismos e suas condições. Para isso, Averróis considerou que seria indispensável a qualquer homem que se dispusesse a almejar o conhecimento, conhecer primeiro o que os antigos, sejam muçulmanos ou não, disseram, para de seus escritos tirar o que fosse possível ter como verdade.
Desta forma, Averróis considerou que o estudo dos livros dos antigos seriam fundamentais, pois a intenção em estudá-los seria a mesma que a Lei Divina almejaria. Para ele, o estudo da filosofia deveria ser obrigatório para a busca do conhecimento. Em face disso ele diz:
“[…] E quem proíbe o estudo a qualquer um que esteja apto a fazê-lo, isto é, a qualquer um que possua estas duas qualidades reunidas – em primeiro lugar a inteligência inata e em segundo a retidão legal e a virtude moral – está fechando a porta pela qual a Lei Divina chama as pessoas ao conhecimento de Deus, isto é, a porta da especulação que conduz ao Seu conhecimento, ao verdadeiro conhecimento. Isto seria o cúmulo da ignorância e do distanciamento de Deus Altíssimo. […]”Averróis, como poucos, propõe que o acesso ao saber seja assegurado a todos, respeitando-se “[…] as características e os limites de cada um conforme as três classes que identificou entre os homens. […]” Na primeira classe estaria a grande massa da população que deixa-se levar apenas pela retórica. Na segunda classe estaria os homens dialéticos que trabalham apenas com as hipóteses. E na terceira classe estaria os homens de julgamento correto aptos a filosofar.
Por fim, Averróis ainda coloca três ordens de abordagens da lei divina conforme as três classes citadas. No topo estaria a filosofia (para a terceira classe), em seguida a teologia (para a segunda classe) e na base a religião e a fé (para a primeira classe). Essas três abordagens seriam na verdade graus de intelecção da verdade.
Referência: Ibn Rusd, o reformador. IN: ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002, p. 300-332.
12 comentários:
Em averróis não há oposição entre religião e filosofia, pois ambas, se complementam na busca do saber. esse jogo de oposição filosofia versus religião é expressivo na cultura cristã.
Acho importante acrescentar que Averróis defendia a idéia da prova da existência de Deus através do movimento, das leis da física, isso era a posição que ele se aproximava das teorias aristotélicas. E que sustentou muitos argumentos dos escolásticos inclusive são Tomás.
Ai, boa iniciativa está de publicar a filosofia de Averróis. É muito bom propagar a produção que houve no período medieval, pois além de muito rica em conteúdo é pertinente a discussões da atualidade.
A filosofia de Averróis é de um teor muito relevante, pois resalta uma relação existente entre a ciência e a religião, que tem sido, em grande proporção, negligenciada pelos pensadores de nossa época
É de suma importância falar que Averróis concebia a religião ,a teologia e a filosofia como três níveis hierarquizados e sucessivos de acesso a o que considerava a verdade única ,de acordo com a capacidade dos sujeitos humanos.A religião em nível inferior,acessível vulgo. Já a teologia constituía o nível intermediário próprio daqueles que eram superior ao vulgo e que não alcançaram o nível superior e a filosofia era o nível supremo que a minoria das inteligencias capazes de tingir o conhecimento cientifica da divindade e sua relação com mundo e o homem.
Bárbara Maria
Para Averróis, ‘‘verdade demonstrativa’’ não pode entrar em conflito com a escritura (Alcorão), já que o Islã é a verdade última, e a natureza da filosofia é a busca da verdade.
Averrois coloca bem seu pensamento em relação a Religião e a Filosofia, onde ele deferndia a ideia da existencia de Deus.
É de comum perceber no texto ou na história, que existia um conflito entre filosofia e religião no mundo islâmico, então um filósofo importante conhecido como Averróis, é que vai quebrar toda essa forma de ver a filosofia islâmica. No texto podemos observar que Averróis diz que é possível conhecer a Deus pela busca do mais perfeito conhecimento das coisas do universo. Ele colocar a filosofia paralelamente com a lei islâmica. É mais coerente entender a lei através do conhecimento filosófico. Portanto alcançar a verdade através da demonstração e da revelação era para Averróis como um termo só. Pois a busca de conhecimento através da filosofia seria um fator importante para compreender a lei divina
Foi muito bom o comentário do blog acerca da filosofia de Averróis, pois deixa bem claro a pretensão dele, que consiste em que para se conhecer o Autor do Universo era preciso conhecer a lei religiosa, assim a filosofia para serviria de alguma forma como argumentação racional desse conhecimento.
Você poderia falar sobre o intelecto material?
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