Quando o assunto era o intelecto, Averróis acreditava que “[…] para inteligir, o intelecto humano deve passar da potência ao ato […]” e para que isso ocorra é preciso “[…] que haja um intelecto sempre em ato […]” o que ele chamou de intelecto agente. Ao entrar em contato com a alma, o intelecto agente serviria “[…] como uma luz que iluminaria os inteligíveis para nós […]”. No entanto, essa operação seria realizada pelo próprio intelecto agente de forma particularizada em cada indivíduo, isso quer dizer que não seria o homem a pensar e sim o intelecto agente.
Em cada pessoa, Averróis acredita que haja um intelecto material. Ele ainda ressalta que necessariamente esse intelecto material não deve está misturado de forma alguma ao sujeito ao qual ele encontra, pois esse “[…] intelecto em potência é uma simples disposição e não algo no qual se encontre a disposição […]”.
Como a inteligencia agente seria percebida de uma forma particularizada em cada alma humana, então na visão de Averróis, a única coisa que sobreviveria após a morte seria essa inteligência agente, sendo que, a nossa sobrevivência só poderia ser entendida como sobrevivência da espécie e não individual. Essa constatação bate de frente com a Lei Divina do Alcorão que prevê vida eterna, penas e recompensas após a morte. Entretanto, Averróis não encontrou uma saída para isso.
Mas quanto a conexão da alma humana com a inteligência agente, Averróis entra em acordo com Avicena, onde este sugeriu a “[…] conexão entre o homem com as inteligências separadas e sua junção final com a inteligência agente, na esfera da Lua […]”. Assim o elo que liga o homem a Deus estaria mais ligado a ciência das coisas do que por uma pura contemplação vazia.
Referência: Ibn Rusd, o reformador. IN: ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002, p. 300-332.
Em cada pessoa, Averróis acredita que haja um intelecto material. Ele ainda ressalta que necessariamente esse intelecto material não deve está misturado de forma alguma ao sujeito ao qual ele encontra, pois esse “[…] intelecto em potência é uma simples disposição e não algo no qual se encontre a disposição […]”.
Como a inteligencia agente seria percebida de uma forma particularizada em cada alma humana, então na visão de Averróis, a única coisa que sobreviveria após a morte seria essa inteligência agente, sendo que, a nossa sobrevivência só poderia ser entendida como sobrevivência da espécie e não individual. Essa constatação bate de frente com a Lei Divina do Alcorão que prevê vida eterna, penas e recompensas após a morte. Entretanto, Averróis não encontrou uma saída para isso.
Mas quanto a conexão da alma humana com a inteligência agente, Averróis entra em acordo com Avicena, onde este sugeriu a “[…] conexão entre o homem com as inteligências separadas e sua junção final com a inteligência agente, na esfera da Lua […]”. Assim o elo que liga o homem a Deus estaria mais ligado a ciência das coisas do que por uma pura contemplação vazia.
Referência: Ibn Rusd, o reformador. IN: ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002, p. 300-332.
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